O Festival ObservArribas é um evento colaborativo que celebra os valores naturais e culturais do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), com especial destaque para as aves que habitam as imponentes arribas do Douro. Com um carácter rotativo entre os municípios do PNDI, a edição de 2025 decorre no município de Mogadouro, nos dias 9 a 11 de maio.
Durante estes três dias, os participantes estão convidados a virem conhecer a cultura e natureza deste território único. Entre percursos interpretativos, saída de campo, observação de aves, passeios fotográficos, conversas temáticas, mercadinho de produtos locais, oficinas, concertos e muitas outras atividades, os visitantes terão a oportunidade de se envolver numa experiência imersiva na cultura desta região.

O primeiro dia do festival, 9 de maio, será dedicado às escolas, proporcionando experiências educativas ligadas à biodiversidade e à conservação da natureza. Nos dias 10 e 11 de maio, o festival abre as portas a toda a comunidade, famílias e visitantes!

O Festival é organizado e coordenado pela Comissão de Cogestão do Parque Natural do Douro Internacional - Municípios de Mogadouro, Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo, Associação de Municípios do Douro Superior de Fins Específicos (AMDSFE), Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF, I.P.), Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA), Palombar, Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) – aos quais se juntam parceiros locais e nacionais da área do ambiente, turismo de natureza e educação.


Junte-se a nós nesta celebração da biodiversidade e cultura do Parque Natural do Douro Internacional!


PARQUE NATURAL DO DOURO INTERNACIONAL

O Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) é uma área protegida de extraordinária riqueza natural e paisagística, abrangendo os troços fronteiriços dos rios Douro e Águeda, bem como as superfícies planálticas dos concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Miranda do Douro e Mogadouro.


No PNDI encontra-se uma das mais importantes comunidades de aves rupícolas da Península Ibérica, que inclui espécies ameaçadas, como é o caso do Britango, a Águia-de-bonelli, a Águia-real, a Gralha-de-bico-vermelha, a Cegonha-preta e o Falcão-peregrino. É de referir também o Grifo, muito abundante nesta zona, que nidifica em colónias e pode formar grandes bandos, sendo facilmente observável ao longo de todo o Parque.

As aves rupícolas constroem os seus ninhos nas margens escarpadas – as “arribas” - do rio Douro e do seu afluente Águeda. A conservação destas espécies tem relevância a nível internacional, estando o PNDI classificado como Zona Especial de Proteção para as Aves, integrando assim a Rede Natura 2000, uma rede ecológica que visa assegurar a conservação da biodiversidade na União Europeia.

Esta área está também classificada como Zona Especial de Conservação, igualmente incluída na Rede Natura 2000, devido à ocorrência de outras espécies ameaçadas da fauna, como o Lobo-ibérico, o Morcego-de-ferradura-mediterrânico e o Cágado-de-carapaça-estriada, da flora, como a cravina-transmontana, e ainda de habitats naturais como os azinhais-zimbrais, dominados pela azinheira Quercus rotundifolia e pelo zimbro Juniperus oxycedrus, de conservação prioritária a nível europeu.

O PNDI possui ainda uma grande diversidade de espécies de peixes autóctones, apesar das alterações provocadas pela construção das barragens, bem como de invertebrados, anfíbios, e também de mamíferos, aves e répteis, para além das já referidas. A flora é muito diversificada e inclui várias espécies ameaçadas, algumas delas endemismos ibéricos ou regionais, ou seja, espécies que se encontram apenas na Península Ibérica ou apenas nesta região.

A diversidade de habitats naturais presentes, associada às diferentes utilizações culturais, tanto agropecuárias como florestais, constitui um mosaico que alberga esta elevada biodiversidade, a qual por sua vez sustenta todas as atividades humanas e que importa proteger.

PARQUE URBANO DA RIBEIRA DO JUNCAL E CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO MUNDO RURAL:

Este ano, o epicentro do festival será o Parque Urbano da Ribeira do Juncal, em Mogadouro, mas as atividades vão estender-se também ao centro da cidade, aldeias e outros municípios do PNDI.

No Parque da Ribeira do Juncal, o Centro de Interpretação do Mundo Rural (CIMR) oferece um espaço único com exposições temporárias e permanentes, documentários e espaços com jogos lúdicos didáticos, permitindo às escolas, turistas e ao público em geral, o conhecimento de práticas agrícolas ancestrais, tradições seculares e testemunhos únicos ligados à ruralidade e à vila de Mogadouro.
Neste Centro, os visitantes são convidados a embarcar numa viagem sensorial e interativa pelo património natural e cultural da região. Exposições dinâmicas revelam os segredos do ciclo do pão, do mel, da produção de vinho e azeite, bem como dos cogumelos, da pecuária e da geologia.

A experiência é enriquecida por tecnologia de ponta, com projeções 3D e mapping interativo imersivo, que recriam ambientes realistas através de som, imagem e sensações associadas às diferentes estações do ano.

Este equipamento cultural confina ainda um auditório, área multifuncional dotada de projeção multimédia, permitindo a realização de formações, sessões de esclarecimento, workshops e ações pedagógicas diversas.

Ao longo do parque destaca-se a Ribeira do Juncal, enquadrada com a galeria ripícola de amieiros, salgueiros e freixos, onde coabita um grande número de espécies. Num dos troços da ribeira encontra-se instalado o 1.º Laboratório de Rios do Nordeste Transmontano, onde é possível observar diferentes técnicas de engenharia natural.

Rodeada de uma grande área verde, é o local certo para estender a manta e desfrutar de toda a natureza envolvente.


PTEN